Autoestima: Conheça e desenvolva

Ter uma autoestima elevada é algo que muitas pessoas em todo o mundo procuram. Mas você sabe o que significa ” ter autoestima”?

A autoestima está relacionada com a ideia que criamos de nós mesmos e com o quanto nos respeitamos enquanto pessoas. É a forma como sentimos e pensamos sobre nosso próprio valor, nossa competência e adequação no mundo. 

Mas muito cuidado nessa hora… A autoestima não está só relacionada a nossa autoimagem (o quanto me acho atraente), mas sim com as tomadas de decisões que temos, que dizem respeito ao cuidado que temos com nós mesmos e com ações que defendam nossos interesses, princípios e valores.  Fica claro isso para você? Deixa eu explicar um pouco melhor…

Podemos perceber nossa autoestima em atitudes positivas e negativas que temos em relação a nós mesmos.

Percebemos ela como positiva quando os sentimentos que se sobressaem sobre nós são os de satisfação e valorização, proporcionando força e flexibilidade para mudanças que acontecem em nossa vida. 

E passa a ser negativa quando a sensação é de fracasso e inutilidade, fazendo com que percebamos ter uma falta de confiança, refletindo na forma como vemos o mundo e como lutamos ou não para alcançar nossos objetivos. Por isso muitas pessoas dizem ter baixa autoestima.

A autoestima é construída a partir das experiências pessoais, das emoções, crenças, comportamentos, autoimagem e da imagem que os outros têm sobre nós. Este processo inicia na infância, sendo fortalecido por toda a vida. 

O que acontece é que se não tivermos o desenvolvimento desta autoestima, podemos ter diversos impactos em nossa vida. A baixa autoestima, pode estar por vezes associada a ocorrência de sintomas relacionados a depressão e ansiedade, bem como insatisfação com a própria vida e sensação de não-pertencimento.

Alguns dos impactos da baixa autoestima são:

  • Não aceitar seus próprios erros;
  • Não sentir confiança em sua evolução e comparar-se apenas com os outros;
  • Buscar culpados para erros que são de sua responsabilidade;
  • Falta de confiança em suas atitudes;
  • Procrastinar tarefas por insegurança e necessidade de aprovação;
  • Pessimismo;
  • Tendência a conviver com pessoas ou ambientes negativos ou desfavoráveis;
  • Não conhecer seus pontos fracos ou saber quais são, mas fugir de ter de lidar com eles;
  • Falta de cuidado consigo, olhar mais para os outros;
  • Não conseguir lidar com a solidão, não curtir a própria companhia;
  • Não saber dizer não por medo da rejeição;
  • Precisa de elogios e reconhecimento dos outros para se sentir satisfeito consigo mesmo;
  • Não sabe receber críticas.

Mas então, se eu sinto que minha autoestima está baixa, o que eu devo fazer para melhorar?

Esta é a pergunta de 1 milhão de reais!! (rsrs) Aparece constantemente no consultório e em redes sociais. 

A baixa autoestima não é construída em poucos dias, é algo que, geralmente foi construído ao longo da vida. Por isso, a primeira coisa a se fazer é ter paciência e autocompaixão. Mudar comportamentos e sentimentos que já temos há anos não é algo simples, mas é algo possível. Isso leva tempo, muito trabalho, e  por vezes, requer a ajuda de um profissional qualificado.

Algumas estratégias são essenciais para trabalhar neste desenvolvimento:

  • Seja mais realista com suas expectativas: Analise seus objetivos e organize-os em uma hierarquia, do mais fácil de ser alcançado, para o mais desafiador. Isso vai te ajudar a ter pequenas conquistas ao longo dos dias, o que te fará ter mais confiança em si mesmo.
  • Não busque pela perfeição: O perfeccionismo pode te paralisar, sabia disso?! Ele pode fazer com que você procrastine por medo de errar, consequentemente te deixando com a autoestima mais rebaixada. Por isso lembre-se: “Antes feito do que perfeito”.
  • Foque no autoconhecimento: Analise quais são seus pontos fortes e suas limitações, olhe para elas com carinho e veja de que forma poderá alcançar seus objetivos, utilizando seus pontos fortes e desenvolvendo suas limitações.
  • Não se compare com os outros: Olhe para suas próprias conquistas. Pare e lembre-se de como era há alguns anos e tudo o que conquistou até hoje. 
  • Cuide de você: Descubra hábitos que te façam relaxar, que promovam o autoconhecimento e bem-estar físico e mental. Fazer terapia também é um ato de cuidado.
  • Admire as suas qualidades: Olhe para o que você considera mais simples em você, mas veja beleza, veja qualidade nisso. Não precisa ser algo grandioso, mas algo que te faça se amar. 
  • Seja mais compassivo com seus erros: Não generalize seus erros, achando que porque uma de suas tarefas não deu certo, nenhuma delas dará. Crie novas estratégias para alcançar seus objetivos e, se for necessário, peça ajuda a pessoas com quem você possa contar.

Peça auxílio

Estas estratégias são algumas das mais importantes para o desenvolvimento de um autoconceito melhor e, consequentemente, uma melhor autoestima. Mas tenha muita paciência consigo e busque se tratar com muito carinho ao longo deste processo, você não precisa ver o resultado de um dia para o outro, mas sim percebê-lo aos poucos, mas de uma forma duradoura. Em alguns momentos este processo pode ser complexo e por isso a ajuda de um profissional pode ser essencial. 

Percebe que precisa de auxílio para desenvolver sua autoestima? Agende uma avaliação!

Referências:

NEFF, Kristin. Autocompaixão: pare de se torturar e deixe a insegurança para trás. Lúcida Letra: 1ª ed., 2018.

RISO, Walter. Apaixone-se por si mesmo: o valor imprescindível da autoestima. Academia: 1ª ed., 2012.